sábado, 28 de setembro de 2013

Prazer banido


Até que o sol se vá e lua apareça sorrindo pra mim,

continuarei a segui-la como o surdo ao samba,

o amante à mulher que ama

e o desejo de anjo querubim  

Imagine uma lua insatisfeita,

Um sol aborrecido,

Estrelas que não aparecem refeitas.

E tudo pelo prazer banido.

Sofro por essa perda, mas aceito a minha pena: gosto de você.

Essa condenação não me amedronta

Errarei mais para prolongá-la

e certamente renunciarei à liberdade insana

para não afastá-la.

nem deixarei de avistar do alto das minhas torres

o teu lugar habitado

onde o silêncio se rompe com o teu canto a colher flores.

Como pode tamanha elegância ser desperdiçada pela natureza morta que nos separa,

se não a mesma morbidez que sentencia os olhares de vidro, a não ver o belo que se exalta no brilho?

Sinto a tua falta e me desespero.

Olho para os lados do sol onde vejo luz e ouço gemidos de saudade,

E não são teus

[aí me desespero]

Procuro entre os escombros do passado

O que de resto me esmigalha e não vejo o que possuo

[aí me desespero]....

Tudo o que faço é pra te perder

E perco em cada passo

E como me perco nos embaraços do absurdo

Como me perco nos encantos que não são teus

Como desfaço os laços que deste

E não me domo, quando de resto, surge em sonho.

[aí me desespero]